MICHAEL JACKSON E OS INCONFORMADOS




Recentemente fez seis anos da morte de Michael Jackson. Não é uma data redonda como 1 ano, 10, 20 ou 25, mas mesmo assim as emissoras de televisão lembraram e reverenciaram o "rei do pop". Mostraram programas especiais e o SBT mostrou o espetacular "This is it" que mostrava a preparação de shows de um já decadente Michael Jackson, mas mesmo assim muito acima dos demais.

Nas redes sociais Michael virou assunto. Fãs lamentavam, choravam sua morte e todos lembraram seu legado. Já escrevi aqui que minha filha Bia mesmo nascendo no ano de sua morte virou fã, adora Thriller e nesse dia coloquei o famoso clip da música. Ela dançou o tempo todo e o menor, Gabriel que nem tem dois anos, ficou olhando hipnotizado o vídeo.

Que força é essa? Que faz Michel Jackson virar uma lenda?

Existem as pessoas bacanas, as pessoas talentosas, os gênios e uma outra categoria que não sei dar nome.

Michael Jackson faz parte dessa categoria. Dos caras que não sei identificar tamanha importância. Dos caras que passaram aqui e conseguiram fazer a diferença. Mudar a história.

Isso é acima do gênio, vou dar um exemplo. Messi é gênio, tem provado isso todas as vezes que entra em campo pelo Barcelona (Não pela Argentina, mas isso vou falar melhor em outra ocasião), mas o futebol seria o mesmo se ele não existisse. Você acha que o futebol seria o mesmo sem Pelé?

Frank Sinatra é gênio, mas a música seria a mesma sem ele, com menos um grande nome, mas seria. O mesmo digo pra Rolling Stones e Madonna. Mas e se tirarmos Elvis, Beatles e Michael Jackson?

É isso que quero dizer. Se ser gênio já é algo tão maravilhoso, já é tão bom de presenciarmos um, imagine uma pessoa que o planeta ou ao menos o meio em que ele atua seria diferente se ele não existisse?

Michael Jackson foi um cara assim, que revolucionou o cenário pop, assim como Elvis e os Beatles. Não tem como imaginar o teatro sem Shakespeare, a música clássica sem Beethoven, o cinema sem Chaplin. Até o boxe virou arte e poesia com Muhamad Ali.

Talvez a última pessoa que morreu e alcançou esse patamar foi Nelson Mandela e o único vivo seja Fidel Castro. Não quero entrar no mérito se Fidel é bom ou ruim, se é estadista ou monstro, mas é inegável a importância de Fidel na história, pelo menos, do século XX. 

Assim como de Napoleão Bonaparte no militarismo e mesmo o asqueroso Adolf Hitler. Poucos lembram nomes dos principais aliados na guerra, mas do nazista todos se arrepiam só de ouvir o nome mesmo tendo mais de meio século de sua morte. Hitler virou uma marca, um símbolo de terror.

São nomes que não precisam de legendas pra explicar quem são. Que ultrapassaram a simples nomenclatura e viraram marcas, pessoas que viraram entidades.

Michael Jackson foi esse cara que fez diferença na minha geração e por isso essa geração entre 30 e 40 anos fica tão mexida com ele. Nunca pensei que fosse ter lágrimas nos olhos por alguém que não conhecesse depois que minha mãe morreu e chorei com sua morte. Michael representa minha infância, minhas festinhas com 7, 8 anos quando colocavam Thriller, Beat it, Billie Jean e fazíamos concursos de break.

O gênio não precisa ser uma pessoa boa ou ruim, precisa ter um talento acima do normal. Essa categoria que faz a diferença não precisa ser de pessoas boas ou ruins nem ter um talento fora do normal. Basta serem inconformados.  Um gênio não muda o mundo, um inconformado sim.

Um cara inteligente, esperto e inconformado, que acha que podemos mais do que aceitar as coisas como são podem inventar o avião, a teoria da relatividade, a energia elétrica ou mesmo botar zumbi dançando em um vídeo clip.

É..Podemos chamar essa categoria de "inconformados". Que bom que existe gente assim.  Uma maçã um dia caiu de uma árvore na cabeça de Newton e revolucionou os computadores pessoais com Steve Jobs. Quem poderia imaginar uma viagem até isso?

Só um inconformado.

Como diria o canal Futura. Conforme-se e o mundo será sempre igual.

Não se conforme e o mundo será seu.


This is it.


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